Dança de Salão: Respostas Crônicas na Pressão Arterial de Hipertensos Medicados
Por Fernanda Christina de Souza Guidarini (Autor), Isabel de Castro Schenkel (Autor), Victor Carvalho Kessler (Autor), Tales de Carvalho (Autor), Tânia Rosane Bertoldo Benedetti (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 15, n 2, 2013. Da página 155 a 163
Resumo
A importância da prática de exercícios físicos para portadores de hipertensão arterial sistêmica está bem estabelecida na literatura, entretanto, a Dança de Salão, neste contexto, tem sido pouco explorada. O objetivo do estudo foi verificar o efeito crônico da prática de dança de salão sobre a pressão arterial sistêmica de hipertensos medicados. Considerou-se como amostra o número de medidas obtidas da pressão arterial dos pacientes durante a participação no programa de dança. Assim, 92 medidas da pressão arterial foram realizadas, sendo divididas em quatro grupos: 1) pressão arterial sistólica pré-programa; 2) pressão arterial sistólica pós-programa; 3) pressão arterial diastólica pré-programa e; 4) pressão arterial diastólica pós-programa. Utilizaram-se esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e estetoscópio. Considerou-se o protocolo de mensuração da Diretriz Brasileira. A pressão arterial foi aferida antes e após cada sessão de dança. Os 23 hipertensos medicados estudados tinham idade média de 62,5±7 anos e 34,8% eram do sexo masculino. Quarenta sessões de dança foram realizadas, três vezes/semana, com duração de uma hora/sessão. O valor médio da pressão arterial sistólica pré-programa foi de 131,8±17mmHg e após 117,8±13mmHg com diferença estatística significativa (p<0,001); na pressão arterial diastólica os valores foram 70,7±6mmHg e 67,7±9mmHg (p<0,075). Pode-se concluir que a dança de salão pode contribuir para um melhor controle da pressão arterial de hipertensos medicados, o que a qualifica como possibilidade de exercício físico a ser considerado no contexto da reabilitação cardiovascular.