Resumo

Esta dissertação de mestrado pesquisa como os professores de Educação Física compreendem as situações cotidianas que podem favorecer o desenvolvimento da moralidade. Seguindo o delineamento de estudo de casos múltiplos (YIN, 2010), foi feito um estudo qualitativo, utilizando entrevistas semiestruturadas, com dez professores do ensino fundamental, anos finais, de seis escolas do ensino privado do município de Porto Alegre, escolhidas por critério de conveniência. Fundamentada na teoria genética de Jean Piaget, os resultados analisados mostram que, sem reflexão teórica, os professores agem segundo suas concepções pessoais utilizando uma pedagogia diretiva, baseada no modelo epistemológico empirista que reflete tanto a abordagem da Educação Física focada na aptidão física, quanto a abordagem desenvolvimentista. Apesar das verbalizações com argumentos voltados para o construtivismo que utilizam para relatar a prática docente, os participantes deste estudo demonstram não compreender como as atividades cotidianas podem ou não favorecer o desenvolvimento da autonomia moral. A autora conclui que, com conhecimento teórico sobre o tema, o desenvolvimento moral pode ser uma proposta intencional nas aulas de Educação Física.

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