Resumo

O presente artigo analisa as novas marcas da configuração do público de futebol no Brasil contemporâneo. De início, empreende-se uma reflexão geral sobre o fenômeno de pertença aos grupos de torcedores organizados, integrados tradicionalmente por jovens do sexo masculino. Em seguida, apresenta-se um apanhado histórico, antropológico e sociológico que visa compreender a maneira pela qual se consolidou a presença de contingentes juvenis nesses agrupamentos. Se as torcidas organizadas costumam ser associadas pelos meios de comunicação de massa a condutas antissociais de vandalismo e a práticas de violência, o intuito do artigo é, sem negar sua existência, desconstruir parte dessa imagem unidimensional e estereotipada. Propõe-se, para tanto, na parte final deste artigo, uma incursão etnográfica a uma “embaixada” de torcedores do Internacional de Porto Alegre, com a observação da fruição do jogo e do seu modo de socialização em um bar da zona sul do Rio de Janeiro.
 

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