Resumo
Nessa pesquisa, buscou-se analisar qual a contribuição social, educacional e cultural do Centro de Cultura Física Regional, para tanto o enfoque metodológico consistiu numa pesquisa bibliográfica de caráter exploratório por melhor se adequar ao problema dessa pesquisa. Para a coleta de dados foram utilizados livros, jornais, documentários, romances. Utilizamos também nesse estudo, para o tratamento dos dados, os princípios do método da analise do conteúdo (que se constitui num conjunto de técnicas e analises das comunicações). Refletir a respeito de questões referentes à capoeira, bem como as contribuições sociais do Centro de Cultura Física Regional, não é uma tarefa fácil. Por causa da discriminação, da repressão e da criminalização, a capoeira não era praticada, até a década de 30 do século XX, por uma grande quantidade de pessoas. O número de seus praticantes sempre foi pequeno se comparado à grande massa dos empobrecidos: negros, mulatos, cafuzos, mamelucos e mestiços. Deve-se destacar que o Centro de Cultura Física e Regional é paradigma das academias de capoeira, inclusive para mestres tradicionais quando esses montam suas academias, embora sofisticadas, como é o caso de alguns desses estabelecimentos, é no modelo da academia do Mestre Bimba que está a raiz. No Centro de cultura Física Regional eram realizadas atividades culturais, além do desenvolvimento de ações sociais. Essas atividades socioculturais foram de suma importância para a sociabilização do bairro de Amaralina, evidenciando assim, o compromisso do Mestre com a qualidade de vida da comunidade. Foi por meio da fala dos entrevistados, que tornou-se possível caracterizar um Mestre Bimba que soube reconhecer e resgatar valores culturais e humanos, valorizando sempre o encontro entre as pessoas, estabelecendo gradativamente um sentimento de identidade na comunidade.