A confederação brasileira de voleibol (cbv) e seus stakeholders: avaliação qualitativa do modelo de gestão baseado em unidades estratégicas de negócios
Por Ana Gabriela Hernandes Ruiz (Autor), Ary José Rocco Jr (Autor).
Resumo
Nas ultimas décadas, a gestão da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apresentou amplo desenvolvimento, com destacados resultados econômicos, financeiros e, principalmente, desportivos. Vários fatores colaboraram para esse crescimento, entre eles a capacidade administrativa, gerencial, executiva e empresarial da entidade. A adoção, entre outras medidas, do modelo de unidades estratégicas de negócios permitiu uma melhor adequação do voleibol brasileiro ao novo ambiente de negócios da indústria do esporte, com a profissionalização de sua gestão. O modelo permitiu, também, a adoção de estratégias empresariais utilizadas por organizações do mundo corporativo e o desenvolvimento de ferramentas próprias adaptadas ao ambiente do voleibol. O objetivo deste artigo é investigar o estágio atual de desenvolvimento da gestão da Confederação Brasileira de Voleibol e a eficiência e eficácia do modelo de gestão baseado em unidades de negócios adotado pela entidade. Vinte e seis (26) pessoas, representantes de diversos grupos de interesse que se relacionam com a CBV, foram entrevistadas. O objetivo da pesquisa, realizada de forma qualitativa, foi levantar os pontos positivos e negativos do modelo de gestão profissionalizada da organização, com o esporte, em seus diversos aspectos, tratado como negócio. Apesar da excelência do modelo, para os padrões esportivos nacionais, falhas foram apontadas, como problemas de comunicação e baixo volume de investimento e apoio aos clubes e suas categorias de base. Ao final do processo de pesquisa, foi possível concluir que, apesar de alguns problemas e deficiências encontrados, o modelo de gestão da Confederação Brasileira de Voleibol representa um verdadeiro oásis no deserto da administração esportiva do país.