Deficiência vocal e associação com inatividade física e insatisfação profissional entre professores

Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre desvantagem vocal, inatividade física e insatisfação profissional entre professores da rede pública de Minas Gerais, Brasil. Para isso, foi realizado um estudo epidemiológico e transversal de pesquisa na web. A compilação de dados relevantes para esta pesquisa foi realizada entre 26 de outubro e 31 de dezembro de 2021. Participaram deste estudo 1.782 professores. A variável desfecho utilizada foi o Índice de Desvantagem Vocal 10 (IDV-10), que permite quantificar a percepção do indivíduo sobre alteração vocal. Quanto maior o resultado, maior a desvantagem vocal percebida pelo sujeito. Além dos aspectos sociodemográficos e ocupacionais, a atividade física foi avaliada pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em sua versão abreviada. O nível de satisfação profissional foi expresso através da pergunta simples validada: “Você está satisfeito com seu trabalho?”. A análise estatística multivariada foi a regressão de Poisson com variância robusta. A desvantagem vocal esteve presente em 20,2% dos professores e esteve associada ao sexo feminino (RP= 1,32; IC95%:1,03-1,70), tempo de docência (RP= 1,26; IC95%:1,26-1,04), insatisfação no trabalho (RP= 1,96 ; IC95%:1,59-2,42) e inatividade física (RP= 1,24; IC95%:1,00-1,52). O estudo foi realizado no início do retorno das professoras às aulas presenciais e constatou que um quinto relatou percepção de desvantagem vocal, apontando a necessidade de maior atenção ao ambiente de trabalho e a importância da atividade física para a saúde da voz .

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