Resumo

No trabalho dos treinadores no futebol brasileiro permeia-se uma cultura de alta quantidade de demissões. Diversos são os motivos para as constantes trocas de treinadores nos clubes, como, por exemplo, a falta de resultados positivos, problemas “extracampo”, entre outros. No entanto, essa frequência de novas contratações de treinadores pode gerar inconstâncias, principalmente pelo tempo de adaptação ao novo ambiente. Ainda mais no futebol brasileiro, que é um dos principais contextos futebolísticos que demitem treinadores, os percalços podem ser grandes ao final da temporada.

 

Objetivo: Analisar a movimentação de treinadores entre as equipes frente às posições na classificação final do Campeonato Brasileiro Série A.

 

Metodologia: A amostra foi composta por 298 treinadores do Campeonato Brasileiro Série A de 2016 a 2021. Os dados da classificação do campeonato e do número de treinadores foram coletados do SofaScore, Globo Esporte e Transfermarkt. Utilizou-se estatística inferencial e qualitativa para analisar a média em cada “recorte” das posições (G-6, 7a-11aposição, 12a-16a posição e Z-4) em cada temporada e, posteriormente, foi verificada a diferença na quantidade de troca de treinadores nas posições do Campeonato Brasileiro, em média.Resultados: Os resultados indicam que equipes com menor aproveitamento realizam 87,22% mais trocas de treinadores em relação àquelas com maior aproveitamento na competição. As equipes rebaixadas tiveram, na média dos seis anos de competição, 3,32 demissões de treinadores em cada ano; as equipes da 12a-16aposição e as equipes entre a 7ae a 11aposição obtiveram em média 2,63 e 2,43 demissões de treinadores em cada ano, respectivamente. Já as equipes do G-6 obtiveram a menor média no geral (1,80).Conclusão: As constantes trocas de treinadores apresentam-se como influentes no resultado final do campeonato; equipes em posições inferiores trocam mais treinadores, e aquelas melhores classificadas tendem a trocam menos vezes os seus treinadores.

 

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