Resumo

Este artigo tem como propósito apresentar um estudo de caso sobre o Esporte Clube Bahia que, após sofrer uma intervenção judicial, optou por democratizar-se, inclusive com a realização de eleições diretas periódicas para os cargos diretivos e para seus conselhos Deliberativo e Fiscal, ao mesmo tempo em que vem adotando princípios de governança corporativa em sua gestão, se tornando um exemplo para os demais clubes do futebol brasileiro, haja vista os avanços financeiros e institucionais alcançados que, em princípio, deverão aumentar as chances de conquista de resultados futebolísticos. O estudo buscou, portanto, analisar as possíveis correlações entre a democratização da gestão e a governança corporativa e os resultados obtidos pelo clube desde então, a partir dos argumentos de autores como Soriano (2010), que defende ser plenamente possível gerir um clube de futebol de forma profissional, bem como os pressupostos de Gammelsæter e Senaux (2011), de que o futebol tem características de indústria, inclusive institucionais, além de Leoncini e Silva (2005), que apresentam as relações microeconômicas heterodoxas deste setor, onde o envolvimento emocional tem papel preponderante na realização dos negócios. Os resultados obtidos pelo Bahia apontam um evidente incremento dos indicadores financeiros de forma concomitante à melhoria da imagem institucional e dos resultados futebolísticos do clube. Palavras-chave: Gestão democrática. Governança corporativa. Futebol brasileiro. Esporte Clube Bahia. Administração Esportiva

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