Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil, ainda são poucos os estudos que apresentam dados relevantes sobre fatores relacionados às características físicas ou estilo de vida e a densidade mineral óssea (DMO) de adolescentes do sexo feminino. 
OBJETIVO: Identificar e verificar a contribuição das características físicas e de estilo de vida relacionadas à DMO de adolescentes do sexo feminino. 
MÉTODOS: A amostra deste estudo foi composta por 329 meninas com idades entre 10 e 20 anos. Como características físicas, foram avaliados: peso corporal, estatura, índice de massa corporal, estágio de maturação sexual, raça e pigmentação cutânea. Já para o estilo de vida, os seguintes fatores foram avaliados: consumo diário de cálcio, nível de atividade física (NAF) e nível socioeconômico (NSE). A densidade mineral óssea (DMO) do corpo inteiro, da coluna lombar e do colo do fêmur foram avaliados pela densitometria óssea. As relações existentes entre variáveis dependentes e independentes foram avaliadas pela correlação de Pearson (r) e regressão múltipla Stepwise (p < 0,05). 
RESULTADOS: A DMO dos três sítios ósseos tende a aumentar conforme o aumento do peso corporal, estatura, IMC, idade e estágio de maturação sexual (r ≥ 0,43; p < 0,01). Por outro lado, somente o NAF (r = 0,12; p < 0,05) e o NSE (r = 0,14; p < 0,05) correlacionaram-se positivamente com a DMO. O peso corporal, estágio de maturação sexual, idade, consumo de cálcio, NSE e NAF explicaram de 48 a 68% da variação da DMO das adolescentes. 
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a utilização de critérios como peso corporal, idade e maturação sexual sejam os mais indicados para controlar as variações da DMO de adolescentes do sexo feminino. Além disso, o NSE, o NAF e o consumo diário de cálcio possuem uma pequena participação na variação da DMO das adolescentes quando comparados com as características físicas.

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