Densidade Mineral óssea em Idosas Praticantes de Diferentes Modalidades de Exercícios Físicos
Por Luciana das Mercês Lima (Autor), Grassyara Pinho Tolentino (Autor), Luiz Humberto Souza (Autor), Ricardo Jacó de Oliveira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução e objetivos:A densidade mineral óssea (DMO) é composta de materiais
orgânicos e inorgânicos que produzem e remodelam o sistema ósseo. Sabe-se que o
envelhecimento, a prática de exercícios físicos e o estilo de vida podem influenciá-la
(HO & KUNG, 2005). Segundo POUILLÈS, TRÉMOLLIERES e RIBOT (2006), a DMO
também pode sofrer influência de fatores genéticos, metabólicos e ambientais. Assim,
essas variáveis podem associar-se com o aumento do risco de quedas e fraturas,
tendo como conseqüência a limitação em realizar tarefas cotidianas, resultando em
perda da independência. Em contrapartida, a conservação e/ou formação do osso
nos idosos oriunda de estímulos mecânicos, gerados pelos exercícios físicos, podem
ser importantes para manter a força óssea e preservar contra fraturas osteoporóticas.
Diante do exposto, este estudo busca quantificar e comparar a DMO em 3 grupos
de idosas praticantes de diferentes modalidades de exercícios físicos. Materiais e
Métodos: Foram selecionadas 125 mulheres, com idade entre 60 e 84 anos (68,8±5,08
anos), praticantes de hidroginástica (GH, n= 45), ginástica aeróbica (GG, n= 49) ou
musculação (GM, n= 31), no mínimo há 2 anos. A DMO foi obtida utilizando o
método da absortometria por raios-X de dupla energia (AXDE) modelo Lunar
DPX-IQ. Foram mensurados os seguintes sítios (g/cm²): coluna lombar (L2-L4),
fêmur (colo e trocânter), área do triângulo de Wards, bem como a DMO do corpo
inteiro. Para comparar as diferenças entre os grupos analisados em relação à DMO
das diferentes regiões, foi utilizada a análise de variância, teste de Levene e Post Hoc.
O nível de significância adotado foi p < 0,05. Resultados: Não houve diferença
estatisticamente significante entre os grupos: DMO corpo inteiro (GH - 1,05±0,10;
GG - 1,06 ±0,09; GM - 1,08±0,11; p=0,48); DMO L2-L4 (GH - 0,95±0,15; GG -
0,99±0,17; GM - 1,03±0,19; p=0,255); DMO colo (GH - 0,85±0,10; GG -
0,86±0,15; GM - 0,88±0,12; p=0,09); DMO triângulo de Wards (GH - 0,66±0,12;
GG - 0,66±0,17; GM - 0,70±0,15; p=0,349); DMO trocânter (GH - 0,76±0,09;
GG - 0,77±0,13; GM - 0,79±0,14; p=0,06). Conclusão: Embora não tenham sido
encontradas diferenças significativas entre os grupos, pode-se notar que o GM
apresentou maiores valores da DMO nas regiões analisadas, em relação ao GH e
GG.