Resumo

Este artigo busca problematizar, através de entrevistas narrativas, como jovens adolescentes atletas de voleibol, que se identificam como gays e bissexuais, narram suas performances de masculinidades no contexto do esporte. Tomo como base a noção de gênero performativo, desenvolvida pela teórica feminista Judith Butler, que diz respeito à repetição discursiva de atos, gestos, atuações e encenações, inscritos nos corpos dos sujeitos, a partir de padrões normativos, mas que é um processo contingente que abarca possibilidades de repetições/deslocamentos de sentidos. As entrevistas narrativas, operacionalizadas pelaproposta dialógica de Leonor Arfuc h, apontam pelas falas dos jovens adolescentes atletas que o espaço do vôlei não nega a existência de diferentes orientações sexuais e performances de masculinidades, porém seu reconhecimento repete normatizações estabelecidas quando se busca mantê-las sob padrões regulatórios.

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