Resumo

A dependência de exercício físico associa-se a distúrbios com a imagem corporal e com o aparecimento de transtornos com a autoimagem como a vigorexia. O objetivo é relacionar a dependência de exercício físico com a vigorexia em praticantes de musculação da cidade de Cedro-Ceará. A pesquisa foi descritiva transversal, com amostragem não-probabilística por conveniência. A amostra foi composta por 51 praticantes de musculação, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 47 anos, matriculados em uma das cinco academias da cidade. Esse estudo possuiu como critérios de inclusão que o indivíduo fosse praticante de musculação com período mínimo de três meses ininterruptos e frequência mínima de três vezes por semana. Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário (Rodrigues, Araújo e Alencar, 2008), para identificar indícios de vigorexia e para avaliar os níveis de dependência do exercício físico foi aplicada uma Escala de Compromisso ao Exercício Físico (Teixeira et al., 2011). A coleta foi divulgada por meio do Google Forms®. Utilizou-se o JASP versão 0.14.1, Qui-quadrado para associar as variáveis dependentes e independentes e o teste t para amostras independentes e descritiva para média e desvio padrão do perfil da amostra, adotando a< 0,05. Na classificação da relação de dependência de exercício entre os sexos, não houve relação significativa das dimensões de dependência entre ambos [t(49) = 1.087; p>0,05]. Já na associação dos indícios de vigorexia entre os sexos, os homens apresentam altos indícios com um percentual de (3,8%) em relação as mulheres (0%). Além disso, os resultados demonstraram que não houve relação entre dependência de exercício físico e vigorexia nos praticantes de musculação da amostra estudada [t(49)=-1.380,p>0,05]. Este estudo traz relevância para os profissionais de Educação Física, pois orienta sobre distúrbios como a dependência de exercício e vigorexia que acometem o público que frequenta esse ambiente.

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