Desafios na formação em Educação Física para a atuação com a saúde coletiva: entre generalidades e especificidades

Por Fabio Fortunato Brasil de Carvalho (Autor), Silvano da Silva Coutinho (Autor), Júlia Aparecida Devidé Nogueira (Autor).

Parte de Formação em saúde e educação física . páginas 115 - 142

Resumo

A Educação Física (EF) mudou bastante nos últimos 20 anos. Desde seu reconhecimento como pertencente à área de saúde em 1997 (BRASIL, 1997) e a regulamentação da profissão em 1998 (BRASIL, 1998), houve rápida diversificação de suas práticas com inclusão de áreas de atuação referentes aos bens e serviços (personal trainners e diversas modalidades fitness) (TAFFAREL, 1997) e expansão e reestruturação dos cursos de formação superior (graduação e pós-graduação) (RIGO; RIBEIRO; HALLAL, 2011) com mudanças curriculares que primeiro dividem a graduação em licenciatura e bacharelado (BRASIL, 1987) e depois retomam o ingresso único ao curso (BRASIL, 2018). É nesse período também que as políticas públicas passam a reconhecer expressa e reiteradamente o papel das práticas corporais e atividades físicas (PCAF) na promoção da saúde e na prevenção de doenças (OMS, 2004; BRASIL, 2006), e que os Professores/Profissionais de Educação Física (PEFs) passam a atuar de forma sistematizada no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de serviços na Atenção Básica como o inicialmente denominado Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (Nasf) (BRASIL, 2008).