Resumo

Desde 16 de março de 2020, com a declaração da pandemia do novo coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS) [1,2], a população mundial teve que se adequar às orientações impostas pelas autoridades de saúde, tais como, isolamento social, distanciamento social, uso de máscara, procedimentos de higienização das mãos e superfícies e fechamento de serviços não considerados essenciais (incluindo aí instalações esportivas e academias)[3]. Evidentemente, que essas orientações não foram livres de críticas. No que tange à ciência do exercício, existiu uma patente discussão sobre a participação da Educação Física durante a pandemia. Enquanto uns defendiam o fechamento das academias [4], outros defendiam a abertura delas por considerarem a atividade física essencial para a manutenção da saúde[5]. De fato, antes mesmo do período pandêmico, diversos estudos mostraram o efeito positivo da atividade física regular sobre o sistema imune[6–8]. Durante a pandemia, diversos trabalhos mostraram que pessoas fisicamente ativas apresentavam desfechos relacionados à saúde melhores que pessoas fisicamente inativas. Por exemplo, Souza et al. mostraram que a chance de pessoas fisicamente ativas serem internadas por conta do coronavírus eram 34,3% menor em comparação com as pessoas inativas [9]. Sallis et al. [10] mostraram que pacientes com COVID-19 que eram inativos apresentavam maior risco de hospitalização, internação em UTI e morte devido à COVID-19 que pacientes que eram suficientemente ativos.

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