Descrição da Atividade Física e da Jornada de Trabalho na Qualidade de Vida de Profissionais de Terapia Intensiva: Comparação Entre Um Grande Centro Urbano e Uma Cidade do Interior Brasileiro
Por Dante Lima (Autor), Rodrigo Araújo (Autor), Ana Pitangui (Autor), José Rizzo (Autor), Silvia Sarinho (Autor), Camila Santos (Autor), Emilia Costa (Autor), Marco Correia Junior (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 20, n 4, 2015. 11 Páginas.
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade de vida dos diversos profissionais que trabalham em terapia intensiva considerando o nível de atividade física, a jornada de trabalho e o local de residência. Trata-se de um estudo transversal realizado em quatro Unidades de Terapia Intensiva de uma capital brasileira e em três de uma região interiorana do sertão brasileiro. O nível de atividade física foi avaliado pelo IPAQ versão curta e a qualidade de vida foi analisada mediante o questionário SF-36, ambos aplicados em forma de entrevista. Participaram do estudo 280 profissionais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Embora tenha sido observado que a maior parte dos profissionais apresentou elevada jornada de trabalho, este fator não influenciou na qualidade de vida. Os indivíduos ativos apresentaram melhores escores nos domínios referentes à limitação por aspectos físicos (p = 0,010); aspecto social (p = 0,043) e saúde mental (p = 0,014). Profissionais com elevada jornada de trabalho e que se mantinham ativos apresentaram melhor escore do domínio capacidade vital em relação aos indivíduos inativos (p = 0,028). Os profissionais residentes no interior apresentaram maior escore para o domínio saúde mental (p = 0,034). O nível de atividade física foi a variável que mais influenciou nos escores de qualidade de vida e garantiu aos profissionais que trabalham em regime elevado melhor escore no domínio capacidade vital.