Descrição Regional da Mortalidade Por Quedas em Idosos
Por Patrícia da Silva Ribeiro (Autor), Jorge Luiz da Silva (Autor), Luis Mochizuki (Autor), Alberto Carlos Amadio (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Uma queda durante o caminhar ou quando uma pessoa está em pé e parada
pode causar sérias lesões, como ossos quebrados, traumatismo cranial ou
até mesmo a morte. Em diversos países, as quantidades de acidentes e
óbitos por causa de quedas aumentam com a idade. Por exemplo, no Canadá,
o número de óbitos por quedas aumenta com a aproximação da velhice e
são equivalentes ao número de mortes por acidentes automobilísticos na
faixa etária entre 20 e 40 anos. Nos Estados Unidos da América em 1999,
32.219 pessoas com mais de 65 anos morreram por causa de acidentes,
nos quais 31% destas mortes foram causadas por quedas. As lesões
acidentais representam a oitava maior causa de mortes em pessoas com
mais de 65 anos e 32% destas mortes foram por causa de quedas. Na faixa
etária inferior (entre 55 e 64 anos), as lesões acidentais representam a sexta
maior causa de mortes e as quedas representam 12% das mortes. Tais
informações, apesar disponíveis, não estão bem descritas para a população
brasileira. O objetivo deste projeto é elaborar uma descrição da taxa de
mortalidade de mulheres e homens por causa de quedas acidentais em
diferentes regiões do Brasil. Este levantamento das taxas de mortalidade e
morbidade foi elaborado a partir dos dados disponíveis no Sistema Único
de Saúde (SUS) do Ministério de Saúde, por meio do Departamento de
Informática (DATASUS), para o período entre 1996 e 2006. A busca foi
realizada por meio da 10ª Revisão da Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, CID-BR-10, com a palavrachave quedas. Apesar da diferença no tamanho da população brasileira nas
cinco regiões do país, destacamos o alto valor de mortalidade na região
sudeste. Destacamos também uma diferenciação na mortalidade entre
gêneros nas diversas regiões brasileiras. Estes dados indicam que hábitos e
c a r a c t e r í s t i c a s r e g iona i s podem s e r f a tor e s q u e e s t ão a s soc i ados à
mo rt a l i d a d e p o r q u e d a s. Po rt a n t o, t a i s d i fe re n c i a ç õ e s d evem s e r
consideradas na elaboração de um plano nacional e regional para a
prevenção de quedas acidentais em idosos. Em especial, estas diferenciações
devem ser consideradas ao aplicar a prática do exercício físico e de atividade
física como forma de prevenção primária deste problema, meta da segunda
etapa deste projeto de pesquisa.