Descrição sociodemográfica, de saúde e intensidades de atividade física de acordo com a velocidade de andar
Por João Pedro Da Silva Junior (Autor), Pedro Moda (Autor), Raiany Rosa Bergamo (Autor), Timoteo Leandro Araujo (Autor), Sandra Marcela Mahecha Matsudo (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Mudanças físicas e funcionais ocorrem ao longo do processo de envelhecimento, comprometendo diferentes aspectos onde a locomoção é uma área crítica que pode ser intensamente comprometida com o avanço da idade.
Objetivo: Descrever as variáveis socioeconômicas, comportamentais, de saúde, intensidades de atividade física e comportamento sedentário de acordo com a classificação (1,0 m/s) da velocidade de andar de adultos e idosos não sedentários. Métodos: A amostra foi composta por 1229 adultos com mais de 50 anos e idosos, sendo 82,8% do sexo feminino e com média de idade de 67,6 ± 8,47 anos (variando de 50 a 91 anos), com tempo médio de prática de 3,8 ± 5,34 anos dos programas oferecidos nos Centros Integrados de Saúde e Educação da Terceira Idade (CISE), da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. Para medir a velocidade de andar foi realizado o teste de velocidade normal de andar (m/s), sendo os indivíduos classificados em < 1 m/s ≥ 1,0 m/s. Foram descritas as variações sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade e renda), de saúde (polifarmácia, hábito de fumar, consumo de bebidas alcoólicas e relações sexuais), antropométricas (IMC e características da panturrilha), comportamento sedentário (tempo sedentário durante uma semana ) e intensidades de atividade física (leve, moderada e moderada vigorosa). Análise estatística: As variáveis foram descritas em frequência relativa e absoluta, e média ± desvio padrão.
Resultados: A maioria dos indivíduos classificados com melhor desempenho de velocidade de andar (99,9%), tinham mais de 8 anos de escolaridade (75,9%), renda ≥ R$ 1.500,00 (56,6%), não possuíam o hábito de fumar (66,5%), não consumir bebidas alcoólicas (41,0%) e não mantinham relações sexuais (57,7%). Quanto às medidas antropométricas a média de IMC foi de 27,87 ± 4,69 kg/m², sendo 0,9% desnutridos, 27,4% eutróficos e 71,7% com excesso de peso. Em relação às condições da panturrilha 93,6% obtiveram valor acima de 31 cm, sendo este índice considerado bom indicador da muscularidade. Com relação ao tempo sentado, 98,9% não atenderam a recomendação de menos 180 min/ sem.
Conclusão: A análise da velocidade de andar sugeriu que o impacto negativo do envelhecimento foi mitigado em função dos bons hábitos de saúde, boa muscularidade e o cumprimento das recomendações de atividade física nesse grupo de pessoas acima de 50 anos.