Resumo

Mudanças físicas e funcionais ocorrem ao longo do processo de envelhecimento, comprometendo diferentes aspectos onde a locomoção é uma área crítica que pode ser intensamente comprometida com o avanço da idade.

Objetivo: Descrever as variáveis ​​socioeconômicas, comportamentais, de saúde, intensidades de atividade física e comportamento sedentário de acordo com a classificação (1,0 m/s) da velocidade de andar de adultos e idosos não sedentários. Métodos: A amostra foi composta por 1229 adultos com mais de 50 anos e idosos, sendo 82,8% do sexo feminino e com média de idade de 67,6 ± 8,47 anos (variando de 50 a 91 anos), com tempo médio de prática de 3,8 ± 5,34 anos dos programas oferecidos nos Centros Integrados de Saúde e Educação da Terceira Idade (CISE), da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. Para medir a velocidade de andar foi realizado o teste de velocidade normal de andar (m/s), sendo os indivíduos classificados em <  1 m/s ≥ 1,0 m/s. Foram descritas as variações sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade e renda), de saúde (polifarmácia, hábito de fumar, consumo de bebidas alcoólicas e relações sexuais), antropométricas (IMC e características da panturrilha), comportamento sedentário (tempo sedentário durante uma semana ) e intensidades de atividade física (leve, moderada e moderada vigorosa). Análise estatística: As variáveis ​​foram descritas em frequência relativa e absoluta, e média ± desvio padrão. 

Resultados:  A maioria dos indivíduos classificados com melhor desempenho de velocidade de andar (99,9%), tinham mais de 8 anos de escolaridade (75,9%), renda ≥ R$ 1.500,00 (56,6%), não possuíam o hábito de fumar (66,5%), não consumir bebidas alcoólicas (41,0%) e não mantinham relações sexuais (57,7%). Quanto às medidas antropométricas a média de IMC foi de 27,87 ± 4,69 kg/m², sendo 0,9% desnutridos, 27,4% eutróficos e 71,7% com excesso de peso. Em relação às condições da panturrilha 93,6% obtiveram valor acima de 31 cm, sendo este índice considerado bom indicador da muscularidade. Com relação ao tempo sentado, 98,9% não atenderam a recomendação de menos 180 min/ sem.

Conclusão:  A análise da velocidade de andar sugeriu que o impacto negativo do envelhecimento foi mitigado em função dos bons hábitos de saúde, boa muscularidade e o cumprimento das recomendações de atividade física nesse grupo de pessoas acima de 50 anos. 

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