Resumo

 A ginástica artística feminina exige elevados níveis de força, potência muscular e flexibilidade. Contudo, são escassos os estudos que descrevem o desempenho físico de jovens ginastas em diferentes categorias, o que dificulta programas de treinamento adaptados ao desenvolvimento. OBJETIVO: Descrever o desempenho físico de jovens atletas da ginástica artística das categorias Pré-infantil, Infantil e Juvenil. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com 14 ginastas (9 a 15 anos) de um clube esportivo de Porto Alegre, distribuídas em Pré-infantil (n=6), Infantil (n=5) e Juvenil (n=3). Foram aplicados testes normativos da Confederação Brasileira de Ginástica e da Federação Internacional de Ginástica para avaliar força, potência e flexibilidade: salto em distância, subida na corda, elevação de pernas no espaldar, flexão de tríceps nas paralelas, puxada palmar, subida à força no solo, espacato anteroposterior, ponte, flexão de tronco e ângulo atrás do braço. Os dados foram analisados por estatística descritiva (média e desvio-padrão). RESULTADOS: A idade média foi de 9,67±0,52 anos (Pré-infantil), 11,40±0,89 anos (Infantil) e 13,00±0,00 anos (Juvenil). As Juvenis apresentaram maiores médias no salto em distância (188,00±25,71 cm) e flexão de tronco (20,67±1,53 cm). As Pré-infantis destacaram-se na flexão de tríceps (14,17±5,34 repetições) e puxada palmar (17,17±3,06 repetições). As Infantis tiveram melhor desempenho na subida à força (5,00±3,61 repetições) e ponte (21,20±6,02 cm). No teste da corda (3 m), a Pré-infantil apresentou menor tempo (14,79±1,81 s). CONCLUSÃO: As atletas Juvenis apresentaram maiores valores no salto em distância e na flexão de tronco, as Pré-infantis se destacaram na flexão de tríceps e na puxada palmar, e as Infantis obtiveram melhores médias na subida à força e na ponte. Esses achados reforçam a importância de programas de treinamento ajustados às demandas médias de cada faixa etária.

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