Resumo

A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia. Atualmente a literatura aponta que tes-tes funcionais envolvendo tarefas dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo: Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Métodos: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resul-tado apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utili-zado foi o de maior dor. A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas posições medial grupo sem DFP 62%(±8,2%) e com DFP 56%(± 7,3%), póstero-medial sem DFP 75%(±10,1%) com DFP 68%(± 8,4%) e póstero-lateral sem DFP 69%(±11,5%) e com DFP 63%(± 10,8%), apresentaram dife-renças significativas entre os (02) grupos, sendo o grupo com DFP aquele que obteve os piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem DFP. O SEBT mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação na prática clínica é recomendada.

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