Desempenho no controle postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar: um estudo transversal
Por Leônidas de Oliveira Neto (Autor), Irivam Batista da Silva Neto (Autor), Ivson Thales Gomes Silvino (Autor), Aluiso André Dantas de Sousa (Autor), Bruna Perez Costa Lima (Autor), Túlio Chaves Mendes (Autor), Marzo Edir Da Silva-Grigolleto (Autor), Hassan Mohamed Elsangedy (Autor).
Resumo
A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia. Atualmente a literatura aponta que tes-tes funcionais envolvendo tarefas dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo: Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Métodos: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resul-tado apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utili-zado foi o de maior dor. A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas posições medial grupo sem DFP 62%(±8,2%) e com DFP 56%(± 7,3%), póstero-medial sem DFP 75%(±10,1%) com DFP 68%(± 8,4%) e póstero-lateral sem DFP 69%(±11,5%) e com DFP 63%(± 10,8%), apresentaram dife-renças significativas entre os (02) grupos, sendo o grupo com DFP aquele que obteve os piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem DFP. O SEBT mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação na prática clínica é recomendada.