Desenvolvimento de Testes Para Avaliação de Velocidade e Agilidade de Jogadores de Voleibol Sentado
Por Saulo Fernandes Melo de Oliveira (Autor), Inês Oliveira (Autor), Ronaldo Severien (Autor), Ery Araújo (Autor), Josiete Santos (Autor), Ramon Milano (Autor), Manoel da Cunha Costa (Autor).
Resumo
Objetivo: Nosso objetivo foi desenvolver e validar testes para avaliação da velocidade e agilidade de jogadores de voleibol sentado. Método: A criação foi baseada nas características da modalidade (deslocamento sentado com três apoios e utilização dos braços e do quadril). A investigação teve três fases de análise: a) avaliação por experts; b) objetividade e reprodutibilidade teste-reteste (sete dias); e c) validade discriminante. Fase 1: cinco experts assistiram a vídeos de jogadores executando os testes e responderam um formulário baseado em escala
Likert de cinco pontos. Fase 2: seis jogadores experientes executaram os testes e foram avaliados por três pesquisadores independentes, em um intervalo de sete dias. Fase 3: os atletas foram comparados a seis congêneres destreinados. Para objetividade foi usado o teste de Wilcoxon. Quanto à reprodutibilidade, optamos
pelo coeficiente de correlação intraclasse. Para a validade discriminante, consideramos o teste U-Mann Whitney. Observaram-se níveis excelentes de validade de conteúdo (ICV: 0,96). Resultados: Os três avaliadores apresentaram objetividade satisfatória para a velocidade (avaliador A: 4,20s; avaliador B: 3,96s; avaliador C: 3,98s; p=0,301) e para agilidade (avaliador A: 14,41s; avaliador B: 13,24; avaliador C: 13,52; p=0,134). A reprodutibilidade foi considerada excelente para a velocidade (CCI: 0,96; p<0.001) e agilidade (CCI: 0,79; p=0,052). Ao compararmos com um grupo destreinado, os jogadores apresentaram melhores resultados para a velocidade (3,72s contra 5,89s; p=0,002) e agilidade (12,78s contra 15,74s; p=0,002). Conclusão: Concluímos
que os testes são válidos e sensíveis para controle, acompanhamento e avaliação de atletas da modalidade, sendo uma ferramenta viável para aplicação prática do treinamento esportivo. Palavras-chave: Pessoas com deficiência, esporte, treinamento esportivo.
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