Resumo
O objetivo desta pesquisa foi elaborar um modelo teórico de Aprendizagem e Desenvolvimento Neuronal em Altas Habilidades (AH), também capaz de prognosticar no sentido de seu desenvolvimento. Desta maneira surgiu à necessidade de se interpretar o atual paradigma dominante que envolve os Portadores de Altas Habilidades/Superdotados, bem como os processos e sistemas em suas intervenções didático-pedagógicas. O caminho percorrido foi a coleta de dados sobre estudos das AH/S, os quais foram tratados por metanálise e posteriormente pelo método da revisão sistemática. A matriz teórica que fundamentou a elaboração do estudo em tela teve por bases referenciais o recorte historiográfico com foco na Paidéia grega, a Epistemologia Genética de Jean Piaget e a teoria de Lev Semenovitch Vygotsky, em especial ao que se refere a Zona de Desenvolvimento Proximal e seu viés neuronal, e, as teorias das neurociências. Esses referenciais possibilitaram com base na Gestão do Conhecimento, compreender os limites de intervenção do modelo proposto. Nesse sentido, o estudo foi organizado de modo a apresentar uma análise histórico-contextual das tendências pedagógicas das Altas Habilidades/Superdotação, revelando suas determinações e os efeitos da sua influência no conhecimento vigente. Concluiu-se, em termos gerais, que a legitimação pedagógica de um modelo sustentado pela neuroplasticidade aponta para novas fronteiras na Educação e no Treinamento Físico Esportivo. Em termos específicos, foram propostos indicadores de metapesquisa superadores de concepções correntes na área de treinamento desportivo.