Desenvolvimento esportivo com ênfase nas habilidades motoras fundamentais em crianças, a luz da teoria da autodeterminação: relato de experiência
Por Marcelo Callegari Zanetti (Autor), Thais Helena Aparecida Oliveira (Autor), Talita Barbosa Benassi (Autor), Gabrielle Achel Damasio (Autor), Luís Antônio de Souza Júnior (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte - CIPE
Resumo
A iniciação esportiva multivariada, contida no programa denominado Play 4, foi elaborada com o intuito de promover a participação esportiva de crianças de forma prazerosa, incentivando o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais. Objetivo: Descrever o processo de elaboração e implementação do programa. Desenvolvimento: O Play 4 foi aplicado em uma turma de 20 alunos do sexo masculino, com média de idade de 9±1,3 anos, estudantes de uma escola de educação básica da rede privada de ensino em São José do Rio PardoSP. As práticas foram organizadas com conteúdos das modalidades de basquetebol, voleibol, futsal e badminton, baseando-se nos pressupostos da Teoria da Autodeterminação (TAD), e principalmente na microteoria das Necessidades Psicológicas Básicas (NPB), que busca promover a autonomia, competência e relação social. O primeiro semestre foi planejado para 20 semanas, oferecendo atividades que fomentavam uma formação diversificada com ênfase no desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, como correr, saltar, arremessar, rebater, receber, quicar, rolar a bola, deslizar, saltitar, salto horizontal e chutar. Durante as primeiras 10 semanas, o professor foi responsável pelo conteúdo. Após esse período, os alunos foram incentivados a relatar as práticas esportivas que consideraram mais significativas, especialmente em relação ao prazer. O professor, então, avaliou e comunicou quais habilidades foram melhor desenvolvidas e quais precisavam de mais atenção. Com base nesses feedbacks, as atividades das próximas 10 semanas foram definidas em colaboração entre professor e alunos, reforçando a autonomia, a percepção de competência e a relação social junto às crianças. Sugestões: Sugere-se que profissionais utilizem abordagens centradas no aluno, promovendo autonomia e engajamento através da escolha das atividades. Avaliem regularmente o desenvolvimento das habilidades motoras e ajustem as práticas conforme necessário. Encorajem o feedback contínuo dos alunos para adaptar o programa às suas preferências e necessidades, garantindo sempre que possível uma experiência esportiva prazerosa e motivadora