Integra

O objetivo deste estudo foi analisar as influências dos estilos de ensino tados em uma instituição de Ensino Infantil da rede pública sobre o desenvolvimento motor e emocional de crianças da Educação Infantil, baseando-se na teoria bioecológica do desenvolvimento de Bronfenbrenner (1996). Observações sistemáticas de 30 crianças de 5 a 6 anos de idade, ambos os sexos, pertencentes ao Programa de Educação Infantil foram realizdas durante um semestre letivo, utilizando-se diário de campo previamente estruturado de acordo com orientações de Minayo et. al, (1994) e Faria Jr. et al (1987), bem como registros com câmeras filmadoras de duas aulas de Educação Física e um "momento de atividade motora livre", as quais foram feitas após dois meses do início das observações. Para tanto, foram utilizadas duas câmeras de uso doméstico, fixas em tripés, colocadas em duas diagonais opostas do espaço de observação, o qual foi previamente demarcado. Constatou-se que nos momentos de aula, os estilos de ensino adotados eram predominantemente os diretivos e os "momentos livres" não se mostraram tão "livres", as crianças não costumavam realizar atividades muito diferentes das realizadas no momento de aula de Educação Física; elas criavam pouco em termos de respostas motoras. A alegria foi predominante nos dois momentos observados, porém algumas emoções negativas apareceram nas aulas de Educação Física e isto parece ter ligação com o nível de habilidade motora, relações interpessoais e estilos de ensino adotados. As aulas de Educação Física se mostraram bastante dirigidas, pois a professoraadotou, quase que prioritariamente, estilos de ensino diretivos que, de acordo com Gallahue e Ozmun (2003), limitam o desenvolvimento do potencial criativo da criança. Sugere-se que os professores deveriam adotar outros estilos, incluindo "solução de problemas", para proporcionar oportunidades às crianças de desenvolverem a criatividade, autonomia e interações sociais, bem como ajudá-las a lidar com suas manifestações emocionais.