Desenvolvimento Infantil na Primeira Infância: Análise Descritiva dos dados do ECDI2030 em Três Regiões do Brasil
Por Suely Romero Romeiros (Autor), Viviane Pagnoncelli Durks (Autor), Evelyn Helena Corgosinho Ribeiro (Autor), Cássio Pinho dos Reis (Autor), Roseanne Gomes Autran (Autor), Sarita de Mendonça Bacciotti (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O desenvolvimento infantil é um marcador importante da saúde e bem-estar na primeira infância. OBJETIVO: Descrever o desenvolvimento infantil de crianças de áreas urbana e rural de três regiões do Brasil (Centro-Oeste- CO, Nordeste- NE e, Sudeste- SE).MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, com responsáveis de 683 crianças de 36 a 59 meses, participantes do Estudo SUNRISE -Brasil, matriculadas em escolas públicas. O questionário ECDI30 foi aplicado no formato de entrevista presencial/telefone com questões que avaliam aprendizagem, saúde e bem-estar psicossocial. As respostas foram classificadas e as crianças categorizadas como dentro do esperado para o desenvolvimento saudável ou não com base na pontuação geral (acertos para cada idade em meses: 36 a 41; 42 a 47 e 48 a 59 meses. Foi utilizado o teste Z para comparação de proporções. O nível de significância foi de 5%.RESULTADOS: Participaram 683 crianças (49,86 ± 6,68 meses), 349 (51,1%) provenientes de área urbana e 334 (48,9%) de área rural. O total de 77,96% das crianças foram categorizadas dentro do esperado para o desenvolvimento saudável. Por regiões o índice foi de 80,48% na região NE, 79,05% no SE e 76,58% no CO. Independentemente da região, meninas apresentaram maior proporção de desenvolvimento adequado (86,47%) em comparação aos meninos (71,14%) (Z = 4,90; P = <0.001). Crianças da zona urbana apresentaram melhores indicadores (81,40%) do que as da zona rural (74,30%), independente da região (Z = 2,45; P = 0,014). Crianças de 36 a 41 meses que atingiram maior proporção de desenvolvimento adequado (93,97%) em comparação às de 48 a 59 meses (71,29%) (Z = 5,08; P = <0.001).CONCLUSÃO: A análise revelou desigualdades no desenvolvimento infantil nas diversas regiões do Brasil. O planejamento de políticas públicas voltadas à primeira infância deve considerar as características regionais e o contexto em que elas vivem.