Desequilíbrio do Torque Isocinético do Joelho em Jogadoras de Futsal Feminino
Por Ana Carolina de Mello Alves Rodrigues (Autor), Nathália Arnosti Vieira (None), Ana Lorena Marche (Autor), Juliana Exel Santana (Autor), Marco Aurélio Vaz (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 23, n 5, 2017. Da página 352 a 356
Resumo
Introdução: A especificidade do treinamento esportivo pode levar à especialização muscular, com possível alteração da razão do torque isquiotibiais/quadríceps (razão IQ) natural, constituindo um fator de risco de lesão muscular nos ângulos articulares em que o desequilíbrio muscular pode prejudicar a estabilidade dinâmica. Objetivo: O objetivo foi avaliar a distribuição do torque dos músculos isquiotibiais e quadríceps e da razão IQ ao longo de toda a amplitude de movimento, de modo a identificar possíveis desequilíbrios musculares no joelho de atletas de futsal feminino. Métodos: Dezenove atletas amadoras de futsal feminino tiveram a razão IQ do membro dominante avaliada em uma série de cinco repetições máximas de flexão/extensão do joelho a 180°/ segundo na amplitude de movimento total (30° a 80°). O pico de torque flexor e extensor e a razão IQ (%) foram comparados a cada 5° de movimento do joelho pela one-way ANOVA de medidas repetidas e do teste post hoc de Tukey (p < 0,05) para determinar os ângulos articulares que apresentam desequilíbrio muscular. Resultados: O torque do quadríceps foi maior que 50° a 60° de flexão do joelho, enquanto o torque dos isquiotibiais foi maior que 55° a 65°. A razão IQ apresentou menores valores que 30° a 45° de flexão do joelho e quatro atletas apresentaram valores abaixo de 60%, o que pode representar risco de lesão. No entanto, a razão IQ calculada pelo pico de torque mostrou apenas uma atleta com menos de 60%. Conclusão: A razão IQ analisada ao longo de toda a amplitude de movimento permitiu identificar desequilíbrio muscular em ângulos articulares específicos em atletas de futsal feminino