Resumo

Introdução: A especificidade do treinamento esportivo pode levar à especialização muscular, com possível alteração da razão do torque isquiotibiais/quadríceps (razão IQ) natural, constituindo um fator de risco de lesão muscular nos ângulos articulares em que o desequilíbrio muscular pode prejudicar a estabilidade dinâmica. Objetivo: O objetivo foi avaliar a distribuição do torque dos músculos isquiotibiais e quadríceps e da razão IQ ao longo de toda a amplitude de movimento, de modo a identificar possíveis desequilíbrios musculares no joelho de atletas de futsal feminino. Métodos: Dezenove atletas amadoras de futsal feminino tiveram a razão IQ do membro dominante avaliada em uma série de cinco repetições máximas de flexão/extensão do joelho a 180°/ segundo na amplitude de movimento total (30° a 80°). O pico de torque flexor e extensor e a razão IQ (%) foram comparados a cada 5° de movimento do joelho pela one-way ANOVA de medidas repetidas e do teste post hoc de Tukey (p < 0,05) para determinar os ângulos articulares que apresentam desequilíbrio muscular. Resultados: O torque do quadríceps foi maior que 50° a 60° de flexão do joelho, enquanto o torque dos isquiotibiais foi maior que 55° a 65°. A razão IQ apresentou menores valores que 30° a 45° de flexão do joelho e quatro atletas apresentaram valores abaixo de 60%, o que pode representar risco de lesão. No entanto, a razão IQ calculada pelo pico de torque mostrou apenas uma atleta com menos de 60%. Conclusão: A razão IQ analisada ao longo de toda a amplitude de movimento permitiu identificar desequilíbrio muscular em ângulos articulares específicos em atletas de futsal feminino

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