Desi)formação Profissional e Atividades de Aventura: Focalizando os Guias de Rafting
Por Gisele Maria Schwartz (Autor), Sandro Carnicelli Filho (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 20, n 2, 2006. Da página 103 a 110
Resumo
Este estudo, de natureza qualitativa, objetivou investigar o perfil de formação dos guias de “rafting”, o domínio dos cuidados relacionados aos aspectos do desenvolvimento da atividade, assim como, o preparo dos guias para lidar com as emoções intervenientes nestas práticas. O estudo constou de uma pesquisa exploratória, desenvolvida por meio de questionário misto, com uma amostra aleatória de 20 instrutores de “rafting”, pertencentes aos quadros de funcionários das empresas de ecoturismo da cidade de Brotas, Estado de São Paulo. Os dados foram analisados descritivamente, utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam que os guias são, em sua maioria, jovens entre 17 e 25 anos e que não possuem formação em nível superior. Todos realizaram apenas os cursos de formação técnica oferecidos pelas próprias agências. Ansiedade e Tensão foram evidenciadas no trato com iniciantes, pela necessidade de se garantir a segurança. Houve unanimidade quanto à necessidade de reciclagem de conhecimentos técnicos e lidar com as emoções próprias e com as dos clientes, representa o maior desafio apontado pelos profissionais. Torna-se premente a necessidade de se despertar para uma formação mais adequada destes instrutores, que com o auxilio de profissionais de Educação Física, podem apurar não apenas a parte técnica, mas, inclusive, a preparação psicológica para lidar com a atividade em si e com as emoções pessoais e dos outros envolvidos. UNITERMOS: Formação profissional; Emoção, Lazer.