Despertar o gosto pela prática: o primeiro passo para uma iniciação positiva no basquetebol

Parte de Basquetebol: componentes da ação pedagógica . páginas 71 - 95

Resumo

Neste exato momento, pare para pensar naquele(a) atleta que você é fã1 . E aí, pensou? Agora Imagine o quanto ele(a) se dedicou nos treinos, o quanto precisou ser disciplinado(a) e comprometido(a) com seus objetivos para chegar aonde ele/ela está, participando de competições e atingindo seu máximo rendimento (seja na NBA, Euroliga, NBB, ou em uma liga amadora regional). Quando nos atentamos para a trajetória desse indivíduo, é natural pensar que houve um caminho de formação que ele percorreu, e que esse caminho teve um momento inicial, um momento que ele passou a conhecer na prática aquela modalidade, passou a “sentir na pele” o que é fazer uma cesta, o que é fazer parte de um grupo, como driblar, como passar, marcar. Isto é, foi inserido em uma rotina de atividades voltadas para este esporte (aulas/treinos). Independentemente do modo como ele chegou até esta fase inicial (se foi por meio de um convite do professor de Educação Física da escola, se o avô que foi jogador o levou para uma aula experimental no clube, se viu um jogo na TV e depois descobriu um projeto social em seu bairro, ou outros motivos), ela merece destaque por ser seu primeiro contato com a modalidade. Esse contato foi sua iniciação, foi o primeiro passo da trajetória no esporte – ou como aprendi a chamar, foi a fase do gostarA fase do gostar, pensando nas “etapas” da formação esportiva, seria uma condição básica e uma importante preparação para a continuidade de estímulos positivos dentro da iniciação, neste caso, do basquetebol. Não seria interessante relacioná-la com a idade, mas com a condição que o indivíduo se encontra. Nesse caso, pode ser que um adolescente ou jovem também esteja iniciando na modalidade, portanto, ele estaria na fase do gostar. Mas até quando iria esta fase? A partir do momento que o praticante consegue entender melhor o jogo formal, entender sobre o seu papel na equipe, a partir do momento em que há um envolvimento com estímulos mais complexos e específicos do esporte (sobretudo técnicos e táticos) e uma aproximação com competições, o sujeito ultrapassa a fronte do gostar, se comprometendo mais com uma prática “especializada” (em maior ou menor grau), avançando assim para outras fases/níveis.