Destreinamento em mulheres idosas: influência do treinamento resistido prévio com diferentes ordens de execução dos exercícios sobre a capacidade funcional
Por Matheus Amarante (Autor), Ágatha Graça (Autor), Higor Santos Fonseca (Autor), Maria Luiza Costa Borim (Autor), Jonathan Robert Pereira do Nascimento (Autor), Vanessa Delmondes Silva (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Períodos de destreinamento podem ocasionar a perda parcial ou completa das respostas adaptativas resultantes da prática de programas de treinamento resistido (TR), o que pode ser prejudicial, especialmente para indivíduos idosos. OBJETIVO: Analisar os efeitos do destreinamento após a execução prévia de um programa de TR, realizado com diferentes ordens de exercícios (OE) sobre a capacidade funcional de mulheres idosas. MÉTODOS: Vinte e três mulheres idosas (61,6 ± 6,7 anos; 74,2 ± 12,6 kg; 156,2 ± 5,9 cm) foram divididas aleatoriamente em um dos dois grupos: um grupo que realizou os exercícios na ordem multiarticulares a monoarticulares (Multi-Mono, n = 10) e um grupo que realizou os exercícios na ordem monoarticular a multiarticular (Mono-Multi, n = 13). Ambos os grupos foram submetidos ao mesmo programa de TR (sete exercícios, três séries de 10-15 repetições máximas, duas vezes por semana, 16 semanas). Após o programa de TR, as participantes foram destreinadas por 16 semanas. Testes de capacidade funcional (flexão de cotovelo em 30 s, levantar-se e sentar-se na cadeira em 30 s, caminhada de 10 m, levantar-se e locomover-se pela casa) foram realizados nos momentos pré, pós-treinamento e destreinamento. RESULTADOS: Após o período de treinamento, ambos os grupos melhoraram a capacidade funcional na maioria dos testes (flexão de cotovelo em 30 s: +37 a 39%; levantar-se e sentar-se na cadeira em 30 s: +7 a 14%; levantar-se e locomover-se pela casa: -7 a 11%), sem diferença entre as OE. Não houve melhoria no desempenho do teste de caminhada de 10 m após o treinamento pera nenhum dos grupos (p = 1.00). Todavia, após o período de destreinamento, todos os testes de capacidade funcional sofreram alterações significantes, sem diferenças entre as OE (flexão de cotovelo em 30 s: -15 a 16%; levantar-se e sentar-se na cadeira em 30 s: -19 a 20%; levantar-se e locomover-se pela casa: -19 a 20%; caminhada de 10m: -3 a 11%). CONCLUSÃO: Concluímos que um período de destreinamento pode comprometer os ganhos sobre a capacidade funcional em mulheres idosas submetidas, previamente, a um programa de TR, independentemente da OE dos exercícios com pesos.