Resumo

A locomoção representa um comportamento extremamente importante e primordial para a vida animal. Diante disso, torna-se notório que o restrito confinamento imposto aos animais de laboratório pode causar negativas implicações fisiológicas, uma vez que diversos comportamentos locomotores naturais são suprimidos. Baseado nessa problemática, desejamos verificar se animais alojados em gaiolas convencionais possuem piores indicadores de desempenho ao exercício, quando comparados a animais expostos a condições aumentadas de espaço físico. Além disso, buscamos analisar se a característica do espaço físico das gaiolas representa um fator mais relevante que a própria aplicação do exercício, haja vista que protocolos de treinamento físico em modelos animais não conseguem promover melhoras expressivas da capacidade aeróbia ao longo da idade. Em outra temática, a locomoção também se apresenta intimamente relacionada a aspectos genéticos, uma vez que marcantes diferenças individuais são distinguidas quando rodas de atividades são disponibilizadas para animais de laboratório. Entendendo que o aspecto genético é de suma importância nesse contexto, nós supomos que animais mais ativos na gaiola, exibiriam maiores vantagens metabólicas e genéticas para a prática de exercício quando comparados a animais mais inativos. Diante disso, buscamos explorar se as atividades espontâneas e voluntárias dos animais já refletem propensões para melhores desempenhos físicos. Embora pareçam similares, tais atividades são consideradas distintas pela literatura, e carecem de serem relacionadas com a capacidade aeróbia, e com respostas moleculares envolvidas com a performance. Tendo em vista todos os temas abordados, o objetivo geral do presente projeto baseia-se em verificar a influência do espaço físico da gaiola, bem como sua interação com as duas principais intervenções experimentais científicas (treinamento físico ou livre acesso à roda de atividade) sobre respostas fisiológicas e moleculares relacionadas com o metabolismo aeróbio e anaeróbio, composição corporal e estresse em ratos ao longo da idade (60, 90 e 150 dias). Além disso, verificar as relações entre a atividade espontânea e voluntária com parâmetros fisiológicos envolvidos com a performance no exercício. 

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