Determinação do Máximo Déficit Acumulado de Oxigênio: Efeito da Duração dos Testes Submáximos Para Predição da Demanda de Oxigênio
Por Henrique Bortolotti (Autor), Leandro R. Altimarii (Autor), Fábio Yuzo Nakamura (Autor), Eduardo B. Fontes (Autor), Alexandre Hideki Okano (Autor), Mara P. T. Chacon-mikahi (Autor), Antonio C. Moraes (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 16, n 6, 2010. Da página 445 a 449
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a influência de diferentes tempos de análise dos testes submáximos para determinação do máximo déficit acumulado de oxigênio (MAOD), adotando diferentes janelas de tempo 4-6min, 6-8min e 8-10min. Participaram do estudo 10 ciclistas com idade média de 27,5 ± 4,1 anos, massa corporal 74,4 ± 12,7kg e tempo médio de prática de 9,8 ± 4,7 anos. Os atletas realizaram um teste de esforço progressivo para determinação do consumo de oxigênio de pico (VO2pico) e quatro testes retangulares submáximos (60, 70, 80 e 90% VO2pico) com 10min de duração para estimar os valores da demanda de O2 (DEO2). Os valores médios de VO2 obtidos nas cargas para o tempo 4-6min, 6-8min e 8 a 10min foram aplicados em uma regressão linear entre a intensidade e o consumo de O2 para cada janela de tempo. Os sujeitos realizaram ainda um teste retangular supramáximo (110% VO2pico) para a quantificação do MAOD. Não foi constatada nenhuma diferença significativa no VO2 entre os diferentes períodos de tempo dos testes submáximos (P > 0,05). Da mesma forma, nenhuma diferença significativa foi constatada no DEAO2 e MAOD nos diferentes períodos de análise (P > 0,05). Verificou-se ainda que os valores de MAOD obtidos nos três intervalos de tempo apresentaram boa concordância e forte correlação. Dessa forma, os dados sugerem que os testes submáximos utilizados para gerar os valores do MAOD podem ser reduzidos ao menos nesse tipo de amostra e com a utilização de ciclossimulador.