Resumo

O objetivo do presente estudo foi verifi car a infl uência de dois modelos lineares na determinação da potência crítica (PC) e da capacidade de trabalho anaeróbio (CTAn), em ergômetro de braço, em atletas de canoagem. Para tanto, oito canoístas do sexo masculino (17,1 ± 1,1 anos; 63,3 ± 6,5 kg; 173,4 ± 4,3 cm), participaram voluntariamente desta investigação. A PC e a CTAn foram obtidas por meio de duas equações lineares: potência-1/tempo e trabalho-tempo, utilizando três potências (Wlim) e seus respectivos tempos até a exaustão (tlim). Os atletas foram submetidos a seis sessões de testes em ergômetro de braço a 70 rpm até a exaustão voluntária, com intervalo de 24 horas entre cada sessão, a duas intensidades diferentes a cada dia, com intervalo mínimo de 90 minutos. Para o tratamento estatístico utilizou-se a estatística descritiva, teste t de Student e correlação linear de Pearson (P < 0,05). A PC da equação potência-1/tempo foi significativamente maior que da equação trabalho-tempo (144,6 ± 17,3 W vs 141,9 ± 16,5 W, respectivamente; P < 0,05), enquanto que a CTAn foi signifi cativamente maior no modelo trabalho-tempo em relação ao modelo potência-1/tempo (12,8 ± 2,9 kJ vs 13,9 ± 3,2 kJ; respectivamente, P < 0,05). A correlação obtida para PC e CTAn entre os modelos potência- 1/tempo e trabalho-tempo foram r=0,98 e r=0,92, respectivamente (P < 0,05). Apesar da alta correlação encontrada entre os modelos para os valores de PC e CTAn os resultados sugerem que a adoção de diferentes modelos parece interferir no cálculo da PC e CTAn em exercício realizado no ergômetro de braço.

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