Diabetes Mellitus: Detecção de Casos em Funcionários do Instituto de Educação de Maringá - Pr
Por Bruna Juliana Wanczinski (Autor), Alessandra B. Ribeiro (Autor), André H. C. Sabaini (Autor), Bruno Petenuci (Autor), érika S. Kioshima (Autor), Letícia N. (Autor), Maiara de Souza (Autor), Sheila M. Raksa (Autor), Ciomar A. B. Amado (Autor).
Resumo
Diabetes Mellitus (DM) é uma desordem metabólica crônica, caracterizada por hiperglicemia, como consequência de uma deficiência da insulina, levando à alteração do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Ocorre com grande frequência e suas complicações crônicas constituem uma das principais causas de invalidez e mortalidade prematura na maioria dos países desenvolvidos. A prevalência de DM tipo 1 na população é de aproximadamente 0,2% (5-10% dos pacientes diabéticos), e de DM tipo 2 é de aproximadamente 6% da população adulta (90-95% dos pacientes diabéticos), sendo que a prevalência está aumentada significativamente nas populações com idade mais avançada. Estima-se que 50% dos casos de DM permanecem sem diagnóstico, este trabalho visou detectar o número de pessoas com hiperglicemia numa amostra da população da cidade de Maringá-Pr. Realizou-se uma triagem em funcionários de escola pública, em março de 2002, promovida por entidades assistenciais juntamente com os acadêmicos do curso de Farmácia da UEM. Para a coleta de sangue utilizou-se lancetas estéreis, e a determinação de glicose sanguínea foi realizada com auxílio de um glicosímetro Advantage®. Na ocasião foi também preenchido um formulário (dados pessoais e clínicos). Foram analisados os dados de 120 pessoas, 24 homens e 96 mulheres. Os resultados demonstraram que das pessoas avaliadas, 15 (12,5%) apresentavam hiperglicemia, dos quais 6 (40,0%) eram portadores de diabetes já diagnosticado, e 9 (60,0%) ignoravam ser portadores de tal patologia. Os pacientes que apresentavam hiperglicemia eram orientados a procurar um centro de saúde especializado e consultar um médico para a confirmação do diagnóstico. Os dados demonstraram que aproximadamente 60% da população com hiperglicemia, não tinham sintomas e nem conhecimento da mesma. Este trabalho possibilitou além da detecção de hiperglicemia, a orientação da população com relação às complicações ocasionadas por esta doença e o alerta para que as pessoas diante deste quadro procurem atendimento médico.