Diagnóstico da Especificidade Técnica dos Jogadores de Basquetebol
Por Victor Hugo Alves Okazaki (Autor), Andre Luiz Felix Rodacki (Autor), Thiago Augusto Sarraf (Autor), Valério Henrique Dezan (Autor), Fábio Heitor Alves Okazaki (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 12, n 4, 2004. Da página 19 a 24
Resumo
O presente estudo visa a identificação da freqüência de utilização das técnicas de basquetebol em relação às funções dos jogadores (armadores, alas e pivôs). Vídeos associados a um scout especial foram utilizados para analisar 33 jogos do Campeonato Nacional Brasileiro (9 equipes – 1996/97), da Liga Norte Americana (6 equipes -2002/03), da Liga Européia (6 equipes - 2002/03) e do Campeonato Mundial (12 equipes - 2002). O scout permitiu o acesso do número das ações específicas desempenhadas durante o jogo como: arremessos, dribles, passes, pontos, rebotes, bloqueios, bolas perdidas, bolas roubadas e posses de bola. Para verificar as diferenças entre os jogadores e as técnicas de arremesso foi utilizado um teste de ANOVA TWO WAY. O teste de Scheffe foi utilizado para demonstrar onde as diferenças ocorreram. O nível de significância adotado foi de p<0,05. O arremesso de jump (69,7%) e bandeja (16,7%) foram as técnicas de arremesso mais utilizadas (p<0,05). O passe de peito (44,1%), por cima da cabeça (24,0%) e ombro (20,1%) foram as técnicas de passe mais utilizadas (p<0,05). Os armadores utilizam mais a técnica de drible (45,8%; p<0,05), além de perdem (22,9%) e roubarem mais a posse da bola (30,0%). Os alas arremessam mais à cesta (19,8 arremessos/jogo). Os pivôs apresentaram um maior número de rebotes (9,4 rebotes/jogo; p<0,05) e bloqueios (1,1 bloqueio/jogo; p<0,05). O diagnóstico técnico do jogo permitiu identificar quais técnicas foram mais utilizadas pelos jogadores de basquetebol profissional. Tais informações podem contribuir para a otimização do processo de treinamento. Palavras-Chave: Basquetebol, especificidade técnica, treinamento técnico.