Resumo

Epidemiologicamente, os níveis de atividade física relacionam-se inversamente com morbidade e mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Fatores ambientais e comportamentais modulam a prevalência do sedentarismo, estado em que se enquadra grande parte da população brasileira. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar os determinantes do nível de atividade física de amostra populacional em Estratégia de Saúde da Família (Rubião Jr., Botucatu-SP). Foram avaliados 394 adultos (21,8%) que procuraram a unidade no período de março/2006 a setembro/2007. Após triagem médica e formalização ética, participaram de entrevista com profissionais e forneceram dados demográficos, socioeconômicos e respostas aos questionários de atividade física cotidiana (IPAQ, versão 8, forma longa) e habitual (Baecke) e submeteram-se às avaliações de peso, estatura, cálculo índice de massa corporal (IMC- kg/m2) e circunferência abdominal (CA), de flexibilidade de tronco (FLEX - banco de Wells) e de força de preensão manual (FPM - dinamometria). Numa subamostra de 31 indivíduos avaliaram-se o número de passos em atividade física de lazer (AFL - pedômetros), capacidades funcional (TC6 - teste caminhada de seis minutos) e cardiorrespiratória (VO2máx.- protocolo de Balke). Para análise estatística usou-se análise de variância, de componentes principais e fatorial, teste de Tukey, “t” (Student), correlação (Spearman) e regressão logística no programa SAS for Windows (9.1) com p< 0,05. A amostra foi predominantemente feminina (70,8%), de indivíduos com menos de 60 anos (69,3%), casados (67,7%), com primeiro grau incompleto (77,1%), renda familiar até dois salários mínimos (59,4%) e percepção de saúde regular/ruim (66%). Sobrepeso, obesidade e hiperadiposidade abdominal atingiram respectivamente, 38,8%, 38,5% e 65,9% da amostra. A inaptidão física foi maior na FLEX (77,2%) do que na FPM (48,4%)

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