Diferença Mínima Clinicamente Importante da Qualidade de Vida de Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Submetidos a Um Programa de Reabilitação Pulmonar
Por Andrei Teixeira (Autor), Carlos Barros (Autor), Arméle Andrade (Autor), Patrícia Marinho (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 19, n 5, 2014.
Resumo
Poucos estudos tem se preocupado em avaliar se as mudanças ocorridas na qualidade de vida de pacientes com DPOC após um programa de reabilitação pulmonar atingiram a diferença mínima clinicamente importante. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar se a diferença mínima clinicamente importante (DMCI) da qualidade de vida através do questionário Saint George Respiratory Questionnaire (SGRQ) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica é atingida após um programa de reabilitação pulmonar (PRP). Participaram do estudo 24 pacientes idosos divididos em grupo intervenção (realizaram o PRP, com média de idade 66,8 ± 5,2 anos, capacidade vital forçada percentual [CVF%] - 63,5 ± 19,6, volume expiratório forçado no primeiro segundo percentual [VEF1%] - 43,1 ± 18,5 e relação VEF1/ CVF – 54,1 ± 14,0) e grupo controle (não realizaram o PRP, com média de idade 64,3 + 9,8 anos, CVF% - 55,4 ± 20,2, VEF1% - 31,6 ± 13,1 e relação VEF1/ CVF – 45,1 ± 7,4). Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos e avaliação do questionário SGRQ antes e após 12 semanas do estudo. Alterações iguais ou maiores que 4% após a intervenção indicaram mudança minimamente significante na qualidade de vida dos pacientes. O PRP diminuiu os escores do SGRQ nos domínios impacto, atividade e total. Além disso, DMCI foi atingida após o PRP nos domínios sintomas, atividade e total. Pacientes com DPOC apresentaram melhora clinicamente relevante nos escores do SGRQ quando submetidos a um PRP, refletindo melhora da qualidade de vida.