Resumo

As diferenças fisiológicas entre homens e mulheres não são um impeditivo para a execução de diversas atividades de natureza militar. Contudo, torna-se necessário compreender se as especificidades fisiológicas de cada sexo influenciam o desempenho humano em tarefas de combate. Essa necessidade justifica-se, pois, mapeadas essas diferenças, programas de treinamento específicos podem ser implementados para elevar os níveis de prontidão para o combate da tropa. O objetivo deste estudo foi avaliar as variações de desempenho entre os sexos em um teste de marcha a pé de 12 km com mochila pesando 15 kg. A amostra foi constituída de 139 militares do sexo masculino (21,32 ± 1,17 anos; 74,52 ± 9,71 kg; 176,01 ± 6,15 cm; 16,10 ± 4,61 %G) e 14 do sexo feminino (20,86 ± 1,61 anos; 60,19 ± 9,38 kg; 162,86 ± 4,49 cm; 24,17 ± 3,92 %G). A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Kolmorogov-Smirnov, e o desempenho dos grupos foi comparado através do Teste t de Student para amostras independentes. A significância adotada foi p<0,05. Os resultados mostraram que os militares do sexo masculino foram significativamente mais rápidos no teste de marcha (t(151) = 3,735; p<0,01), apresentando uma vantagem média de 12,08 ± 3,23 minutos. 
Ainda que as militares do sexo feminino desenvolvam funções vitais dentro do organograma castrense, suas especificidades fisiológicas podem afetar sua eficácia em tarefas de combate, sendo necessário a implementação de programas específicos de treinamento físico para a elevação dos níveis de prontidão da tropa.
 

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