Diferenças na relação carga-velocidade entre homens e mulheres destreinados durante o back squat
Por Marzo Edir Da Silva-Grigoletto (Autor), Fernando Martín-Rivera (Autor), Fernando Martín-Rivera (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 3, 2021.
Resumo
Os objetivos deste estudo foram: 1) comparar a relação carga-velocidade estimada pelo método de dois pontos entre homens e mulheres destreinados durante o exercício agachamento paralelo (BS) e 2) comparar o perfil carga-velocidade encontrado em nosso estudo com os perfis de carga-velocidade relatados na literatura científica para indivíduos treinados. Além disso, comparar a velocidade de 1RM medida com a velocidade de 1RM predita pelo método de dois pontos no exercício BS em indivíduos destreinados. Métodos: Setenta e seis indivíduos destreinados (38 homens (22,7 ± 4,4 anos; 174,9 ± 6,8 cm; 76,1 ± 14,9 kg) e 38 mulheres (24,7 ± 4,3 anos; 159,1 ± 6,0 cm; 64,7 ± 13,3 kg) realizaram um teste de uma repetição máxima e um teste progressivo de duas cargas com 20% e 70% 1RM para estimar suas relações carga-velocidade. Resultados: Os principais resultados revelaram que 1) a velocidade média propulsiva e a velocidade média atingida em cada carga relativa foram diferentes entre homens e mulheres (p < 0,05). No entanto, a velocidade de 1RM medida não foi significativamente diferente entre eles. Homens destreinados forneceram uma relação carga-velocidade mais acentuada do que as mulheres. Descobrimos que 2) os indivíduos destreinados de nosso estudo apresentaram um perfil carga-velocidade diferente dos indivíduos treinados dos estudos da literatura científica. Além disso, 3) a velocidade de 1RM medida foi menor do que a velocidade de 1RM predita (p < 0,05). Conclusão: Esses resultados sugerem que a relação carga-velocidade é dependente do sexo e treinamento, e que o método de dois pontos usando 20% e 70% 1RM não seria confiável para estimar a relação carga-velocidade no exercício agachamento paralelo em homens e mulheres destreinados.