Diferentes quedas de velocidade no agachamento e o tempo de recuperação para a melhora do desempenho pós-ativação no salto vertical
Por Vitor Davi Bomfim Silva Soares (Autor), Victor Andreuccetti Garcia (Autor), Renato Barroso (Autor), Eduardo Lattari (Autor), Gilberto Candido Laurentino (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A melhora do desempenho pós-ativação (MDPA) ocorre quando a realização de uma atividade prévia condicionante (AC) promove melhoras no desempenho em uma atividade de potência subsequente. Estudos tem mostrado que a realização de um exercício de força, como o agachamento, promove a melhora no desempenho do salto vertical. Entretanto, a MDPA depende de uma relação "ótima" entre os mecanismos que levariam a melhoria de desempenho induzidos pela AC e a dissipação de fatores relacionados a fadiga. Dessa forma, essa relação é diretamente associada a magnitude de esforço na AC e ao intervalo de recuperação entre as atividades. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi investigar os efeitos de protocolos com duas diferentes quedas de velocidade e intervalos de recuperação sobre a MDPA. O desfecho secundário foi comparar o número de repetições entre protocolos. MÉTODOS: Sete homens treinados em força (21,1± 1,9 anos; 76±11,0 kg) foram submetidos a um modelo crossover randomizado, em cinco visitas. O cálculo amostral mostrou um n = 12, com efeito do tamanho de 0,8, erro α 0,05 e poder de 95% (G* power 3.1.9.7). Na primeira visita foi determinada a carga ótima de potência (COP) no exercício de agachamento e a familiarização com o salto contramovimento. Nas quatro visitas subsequentes, os participantes foram submetidos ao exercício de agachamento com 10% de queda da velocidade da COP com intervalo auto selecionado (10A), 10% de queda de velocidade da COP com intervalo fixo de 4 min (10F), 20% de queda da velocidade da COP com intervalo auto selecionado (20A) e 20% de queda da velocidade da COP com intervalo fixo de 4 min (20F). Foram registrados o número de repetições até atingir o limiar de perda de velocidade e a altura de salto antes e após os protocolos. ANOVA de dois fatores foi usada, com valor de p≤0,05. RESULTADOS: Não foram observados efeitos de tempo e interação para a altura de salto entre os protocolos (p>0,05). O número de repetições executadas no protocolo 10F foi menor quando comparado com os protocolos 20A e 20F (12,1±3,5 vs. 17,9±3,1 e 18,3±3,5) [p<0,05], bem como o número de repetições do protocolo 10A foi menor comparado ao 20A (13±3,6 vs. 18,3±3,5, p= 0,048). CONCLUSÃO: Os protocolos com menores quedas de velocidade e volume induziram respostas semelhantes do desempenho pósativação, independente dos intervalos de recuperação.