Resumo

A melhora do desempenho pós-ativação (MDPA) ocorre quando a realização de uma atividade prévia condicionante (AC) promove melhoras no desempenho em uma atividade de potência subsequente. Estudos tem mostrado que a realização de um exercício de força, como o agachamento, promove a melhora no desempenho do salto vertical. Entretanto, a MDPA depende de uma relação "ótima" entre os mecanismos que levariam a melhoria de desempenho induzidos pela AC e a dissipação de fatores relacionados a fadiga. Dessa forma, essa relação é diretamente associada a magnitude de esforço na AC e ao intervalo de recuperação entre as atividades. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi investigar os efeitos de protocolos com duas diferentes quedas de velocidade e intervalos de recuperação sobre a MDPA. O desfecho secundário foi comparar o número de repetições entre protocolos. MÉTODOS: Sete homens treinados em força (21,1± 1,9 anos; 76±11,0 kg) foram submetidos a um modelo crossover randomizado, em cinco visitas. O cálculo amostral mostrou um n = 12, com efeito do tamanho de 0,8, erro α 0,05 e poder de 95% (G* power 3.1.9.7). Na primeira visita foi determinada a carga ótima de potência (COP) no exercício de agachamento e a familiarização com o salto contramovimento. Nas quatro visitas subsequentes, os participantes foram submetidos ao exercício de agachamento com 10% de queda da velocidade da COP com intervalo auto selecionado (10A), 10% de queda de velocidade da COP com intervalo fixo de 4 min (10F), 20% de queda da velocidade da COP com intervalo auto selecionado (20A) e 20% de queda da velocidade da COP com intervalo fixo de 4 min (20F). Foram registrados o número de repetições até atingir o limiar de perda de velocidade e a altura de salto antes e após os protocolos. ANOVA de dois fatores foi usada, com valor de p≤0,05. RESULTADOS: Não foram observados efeitos de tempo e interação para a altura de salto entre os protocolos (p>0,05). O número de repetições executadas no protocolo 10F foi menor quando comparado com os protocolos 20A e 20F (12,1±3,5 vs. 17,9±3,1 e 18,3±3,5) [p<0,05], bem como o número de repetições do protocolo 10A foi menor comparado ao 20A (13±3,6 vs. 18,3±3,5, p= 0,048). CONCLUSÃO: Os protocolos com menores quedas de velocidade e volume induziram respostas semelhantes do desempenho pósativação, independente dos intervalos de recuperação.

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