Resumo

O skate é uma prática vinculada a uma subcultura juvenil relacionada à masculinidade. Embora nas últimas décadas, com a entrada como modalidade esportiva nos Jogos Olímpicos esse cenário esteja mudando, o skate ainda é uma prática generificada e generificadora. Por essa razão, esse artigo tem como objetivo compreender como mulheres negociam gênero na construção de espaços destinados à prática de skate. Por meio de uma pesquisa etnográfica realizada nas pistas de skate da cidade de Vitória, identificamos e observamos mulheres praticantes de skate que frequentavam esses locais. A partir de entrevistas com 11 skatistas de diferentes idades e trajetórias, identificamos três modos de integração ao skate, que acionam práticas e discursos sobre a presença das mulheres nesse esporte: a "skatista crítica", a "skatista aprendiz" e a skatista companheira. São formas distintas de perceber e negociar as relações de gênero cotidiano do esporte.

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