Diretrizes Curriculares da Educação Física: Reformismo e Subordinação Ao Mercado no Processo de Formação
Por Luiz Fernando Camargo Veronez (Autor), Lovane Maria Lemos (Autor), Márcia Morschbacher (Autor), Vilmar José Both (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 35, n 4, 2013. Da página 809 a 823
Resumo
As reformas educacionais ocorridas na década de 1990 objetivaram intervir na formação dos trabalhadores para torná-los aptos às demandas da mundialização do capital. Na área da Educação Física, as novas diretrizes curriculares são o resultado dessas reformas, assumindo o papel de mediar as relações entre a formação e a intervenção do professor. Este artigo, extrato de uma pesquisa bibliográfica e documental fundada no Materialismo Histórico-Dialético, analisou o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física. Assinala-se que esses documentos legais, além de legitimar os interesses da classe social ideologicamente identificada com o capital, tendem a subsumir a formação do trabalhador em Educação Física a essa lógica.