Resumo
DISCURSO DO CEL. ARTHUR ORLANDO DA COSTA FERREIRA NO DIA 12 de MAIO DE 1967
Exmo. Sr. Ministro
Exmas Senhoras
Meus Senhores
1. Entendeu V.Exia. que eu poderia colaborar - no setor de minha especialildade - na obra da EDUCAÇÃO, que V.Exa. se dispõe a realizar, baseada em um planejamento racional e objetivo, e que pretende dinamizara de acôrdo com as diretrizes do Presidente COSTA E SILVA, segundo as quais o homem é o ponto chave para a conquista do Brasil, dos ideais da Revolução de 31 de março de 1964.
2. Os principais accessos para se chegar ao homem são e saúde e a educação, escaradas no seu aspecto global.
Qual, então o setor mais próprio a contribuir, a um só tempo, para a saúde e para a educação do que a prática da Educação Física?
3. A Educação Física integra a educação humana geral, porque atinge o homem no seu todo uno e indivisível de corpo e espírito. Influencia seu comportamento social, porque, além de desenvolver e aperfeiçoar a estrutura física e as grandes funções fisiológicas, aprimora as qualidades psíquicas e morais, tôdas, afinal, compponentes da personalidade.
4. Creio, ppois, que a maneira mais suasória de o govêrno cumprir o seu dever, nesta área, é oferecer os meios e condições indispensáveis para a prática das atividades gimno-desportivas em proporções adequadas a cada grupo.
5. Eis por que, meus senhores, honrado com a convocação do Ministro tarso Dutra, assumo, neste momento, a direção da Divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura, inteiramente consciente do dever que a função impõe: EXERCÊ-LA em sua plenitude.
6. E EXERCER A FUNÇÃO dêsse modo eu entendo como seja a dar de mim e de meus auxiliares todo o esfôrço popssível, para ajudar, em minhas atribuições, na concretização do magnífico empreendimento do atual Presiente da República: a melhoria da educação do povo brasileiro.
7. Exercê-la-ei se procurar sempre acertar, mas souber penitenciar-me dos erros cometidos, se souber discordar, antes da decisão dos cefes, mas acatá-la e depois por ela trabalhar, quando para o bem comum; se puder congregar, reunir, somar esforços; aceitar idéias novas e, sem vaidades, adotar soluções anteriores, prosseguindo no trabalho planejado por meus antecessores. E não são outros os meus propósitos.
8. Muito há que fazer.
- A legislação específica nos parece bastante, cabendo, apenas, simplificá-la onde fôr o caso e depois fazê-la cumprir.
- Os jovens, principalmente os universitários, dão mostras de energia física e mental, a reclamar aplicação na Educação Física e nos desportos. De modo geral, têm desenvolvimento físico inarmônico e precário, o que concorre para inabilitá-los em muitas atividades. Segundo estatística do Ministério do Exército, no ano de 1964, dos 107.422 convocados para o serviço militar, 76,81% foram considerados incapazes. Urge, portanto, cuidar de sua educação integral, a começar pelas escolas primárias, quando a maleabilidade do organismo está no auge, para lhe dar a formação desejada.
- O estudo e a pesquisa são sempre carentes de maior ativação, como incentivo mesmo à busca de soluções para casos especiais impostos pela evolução da humanidade.
- A criação da mentallidade nacional de Educação Física é indispensável e poderá sser conseguida, a meu ver, por meio da difusão da técnica atualizada e da prática desportivo - recrerativa, associadas à propaganda orientada.
- A fixação de metas particulares, a setrem atingidas em obediência a um sistema integrado, isto é, por meio de correspondência e complementação de esforços e recursos, poderia ser a base de uma Plítica Macional de Educação Física.
9. Assim entendo a minha missão, Senhor Ministro e meus senhores. No sentido de cumprí-la com eficiência, pretendo trabalhar como todo empenho, esperando, al´´as, contar - e disso estou certo - com a ajuda de todos.
Finalmente, posso assegurar-lhes que a Divisão de Educação Física estará sempre aberta à colaboração de todos, principalmente dos senhores representantes da elite desportiva brasileira e que me honram com a presença neste ato
Muito obrigado