Resumo

Este artigo, como parte da pesquisa de doutorado (Soares, 2021) que desenvolvi na Universidade Federal da Bahia, utiliza da análise de três obras do grupo amazonense Ateliê 23 para apresentar o uso de dispositivos de dor e violência pelo grupo, chamados de dispositivos de comoção, como metodologia de construção dos espetáculos, com a pretensão de elaborar novas relações com o espectador, imbuído do conceito como a condição precária da vida intencionando à construção de empatia como reconhecimento de si no outro. A pesquisa, dessa forma, tende a concluir que o uso do documento vivo em cena, reverbera na percepção da consciência e dialoga com o poder da comoção que a arte possui, como ato político de existência e sobrevivência de uma comunidade