Resumo

Como recorte de uma pesquisa-ação que tensionou questões de gênero nas aulas de Educação Fí­sica, buscamos, neste artigo, problematizar como meninos e meninas enunciam sentidos de reprodução e desestabilização do regime cisheteronormativo presentes nas práticas pedagógicas da Educação Fí­sica escolar. Para isso, propomos a interlocução dos estudos de gênero e feministas pós-estruturalistas com a perspectiva intercultural crí­tica por autoras/es como como Judith Butler, Paul B. Preciado, Vera Candau e Marcos Neira, e operacionalizamos dois grupos de discussão, conforme a proposta de Wivian Weller, no iní­cio e ao final da pesquisa, com meninos e meninas estudantes do ensino fundamental. Entre os resultados, os discursos dos sujeitos enunciaram afetações diversas da cisheteronormatividade nas práticas da Educação Fí­sica escolar, seja pelas posições fixas para masculino e feminino nas aulas, como também das disputas pela desestabilização destes sentidos com o desenvolvimento da pesquisa.

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