Distância Até as Academias Ao Ar Livre, Uso das Estruturas e Atividade Física em Adultos
Por Alice Tatiane da Silva (Autor), Rogério César Fermino (Autor), Adalberto Aparecido dos Santos Lopes (Autor), Claudia Oliveira Alberico (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 2, 2018. 4 Páginas. Da página 157 a 161
Resumo
Introdução: As características do ambiente construído são importantes preditores do comportamento fisicamente ativo. Nesse sentido, a presença, a disponibilidade, o acesso e a qualidade dos espaços públicos abertos para a atividade física próximos à residência são positivamente associados a seu uso e a maiores níveis de atividade física da população. Objetivo: Analisar a associação entre a distância da residência até as academias ao ar livre com o uso destas estruturas e a prática de atividades físicas em adultos de Curitiba, Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado com 328 frequentadores de 20 academias ao ar livre. A distância foi calculada com o Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando a rede de ruas no software ArcGIS 10.1 e classificada em tercis (≤ 854 metros; 855-1.741 metros; ≥ 1.742 metros). O uso das academias ao ar livre foi avaliado com base em três indicadores: frequência semanal (vezes/semana), tempo de permanência (minutos/dia) e tempo de uso (meses). A atividade física foi avaliada com o módulo de lazer do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e o deslocamento até os locais foi classificado como “passivo” ou “ativo”. A associação foi testada com a regressão de Poisson no STATA 12.0. Resultados: Foi verificada associação inversa entre o tercil superior de distância da residência até as academias ao ar livre com o deslocamento ativo (RP: 0,70; IC95%: 0,51-0,97) e o tempo de permanência ≥ 31 min/dia nesses locais (RP: 0,49; IC95%: 0,31-0,76). Conclusões: Diminuir as distâncias e aumentar o número dessas estruturas facilitaria o deslocamento ativo e o tempo de permanência nesses locais para a prática de atividades físicas.