Distresse Psicológico, Afetos e Atividade Física no Decorrer da Covid-19: Um Estudo Longitudinal
Por Geovana Mellisa Castrezana Anacleto (Autor), Bruno Bonfá-araujo (Autor), Evandro Morais Peixoto (Autor), Karina da Silva Oliveira (Autor), Carolina Rosa Campos (Autor).
Resumo
Desde o segundo semestre de 2019 o mundo vive as consequências do vírus SARS-CoV-2 que causa a COVID-19, um destes efeitos é a necessidade de isolamento social. Sabe-se que manter-se em quarentena reduz a propagação do vírus e reduz as chances de contaminação. Todavia, uma das decorrências negativas do isolamento social é a diminuição da prática de atividades físicas e o aumento de doenças mentais. Dentre as complicações psicológicas estão os efeitos do distresse psicológico e diminuição do bem-estar subjetivo. Este estudo teve como objetivo conhecer qual a influência dos afetos positivos e negativos, distresse psicológico e prática de atividades físicas em indivíduos, sendo um estudo longitudinal com dois períodos de coleta. Os participantes foram 36 sujeitos (M = 32,44; DP = 10,08), que responderam a um questionário sociodemográfico e de prática de atividades físicas, a Escala Kessler de Distresse Psicológico e a Escala de Afetos Positivos e Negativos. Foram realizadas estatísticas descritivas e comparou-se a média de acordo com o sexo a partir do teste t de Student, além disso foi analisada a diferença de média entre tempo 1 e 2 pelo teste t pareado. Os resultados indicaram diferenças entre a prática de atividade física, contudo não foram encontradas diferenças para a variável sexo ou momento de coleta. Apesar disso, não é possível afirmar que os desfechos negativos não existem, além de ser necessário pensar em diferentes medidas de intervenção.