Distribuição dos Profissionais de Educação Física no Sistema único de Saúde no Estado de São Paulo
Por Debora Bernardo da Silva (Autor), Taciana Rocha dos Santos Sixel (Autor), Ana Carolina Basso Schmitt (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A prática regular de atividade física pode proporcionar diversos benefícios para a saúde e o acompanhamento de um profissional de Educação Física (PEF) é essencial para a prática mais qualificada. A presença do PEF no Sistema Único de Saúde é importante para proporcionar maior o nível de atividade física da população, contribuindo para a diminuição e tratamento de algumas doenças, e consequentemente, melhorias para a saúde pública. Objetivo: Estimar a tendência da distribuição de PEF no Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo. Métodos: Estudo de característica analítica, a partir dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, de julho de 2007 a julho de 2019. Foram coletadas as horas trabalhadas dos PEF em estabelecimentos classificados em três grupos: APS, Atenção Primária à Saúde; ESP, Atenção Especializada; HOSP, Atenção Hospitalar. Foi calculada a taxa de PEF 40 horas para cada 1.000 habitantes inseridos no Sistema Único Saúde. A contagem da população estimada do Estado de São Paulo para os anos de 2007 a 2019 foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O modelo de regressão Prais- Winsten permitiu testar a tendência de taxa de crescimento ou declínio anual no período analisado. Os procedimentos estatísticos foram realizados no programa STATA 14. Resultados: O número de PEF 40 horas para cada 1.000 habitantes começa a ser inserido na APS no ano de 2007 (0.00001) e na ESP (0.00105) e HOSP (0.00075) no ano de 2008, o pico de carga horária profissional é atingido em 2012 nos três níveis assistenciais, APS (0.00523), ESP (0.00337) e HOSP (0.00130). A partir de 2013 começa a diminuir a carga horária profissional de maneira geral. O aumento mais expressivo de PEF é encontrado na APS. A regressão mostra que a disponibilidade de PEF no Sistema Único de Saúde permaneceu estacionário nos três níveis assistenciais ao ano, com valores na APS de 13% (-0,27 – 0,54%), a ESP de -16% (-0,40 – 0,07%) e HOSP de -21% (-0,48 – 0,05%). Conclusão: Conclui-se que ao longo dos anos abordados no estudo a oferta de PEF no Sistema Único de Saúde permaneceu estacionária nos três níveis assistenciais. Mas de maneira geral é possível observar diminuição de 40h do PEF nos estabelecimentos de saúde do SUS.