Resumo

Nas últimas décadas, a criação de Parques Públicos Urbanos tem sido um processo presente em diferentes cidades brasileiras, inclusive nas cidades médias, como no caso de Montes Claros-MG. Para além de funções ligadas à conservação ambiental e à paisagem/estética urbanística, os Parques Urbanos também são importantes espaços para as vivências de lazer, estando vinculados a diferentes instrumentos de Política Urbana, Ambiental e, também, de Esporte e Lazer nos municípios. Nesse aspecto, o presente artigo propõe analisar os processos de criação e distribuição espacial de Parques Públicos na cidade de Montes Claros-MG, para melhor compreender algumas relações desses espaços com o lazer a partir de sua regionalização intraurbana e correspondência a indicadores diversos. Nos resultados, evidencia-se que Montes Claros-MG acompanha as principais tendências ligadas a criação desses espaços no contexto nacional, com destaque para a fase mais recente, na qual há um aumento expressivo do número de Parques na cidade e desconcentração desses equipamentos em direção a regiões periféricas de renda mais baixa, grande contingente populacional e baixo índice de qualidade de vida urbana para o lazer (IQV-Lazer). Acredita-se que tal fenômeno pode proporcionar uma maior diversidade de vivências de lazer e ampliação do acesso aos espaços públicos nessas regiões, contribuindo para o processo de democratização do lazer na cidade.

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