Resumo
. Objetivo: Verificar a associação entre as condições de trabalho, distúrbios vocais e a modulação autonômica cardíaca em professores de Educação Física. Método: Os professores responderam aos questionários Condição de Produção Vocal do Professor (CPV-P), Job Stress Scale (JSS), Índice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos à análise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteração da voz ouvida; R= rugosidade; B= soprosidade; A= astenia; S= tensão; I= instabilidade). Para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram avaliados os índices do domínio do tempo e da frequência, os índices geométricos e os exponentes fractais. Resultados: Os achados mostram que as condições de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educação física, têm interferido diretamente em sua saúde vocal. Fatores como gritar, falar em ambientes abertos, realizando atividade física, sobrecarregam o trabalho e predispõe a população aos distúrbios vocais. Em relação à VFC, observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonação apresentaram uma menor VFC. Conclusão: As condições de trabalho e o estresse no trabalho estão interferindo diretamente na saúde vocal e geral dos professores de educação física. Houve associação negativa dos índices parassimpáticos da VFC com o tempo máximo de fonação (TMF) e com os domínios do IDV e JSS.