Editora FAPEMIG. Brasil 2017. 180 páginas.

Sobre

Para alguns autores, um novo cenário para a produção e apropriação do conhecimento começaria a se delinear especialmente a partir do final do século XX (ZIMAN, 2000; GIBBONS et al., 1994; CASTELFRANCHI, 2008, 2010). Um dos indicativos dessa mudança seria a imbricação mais evidente entre ciência, tecnologia e mercado, o que levaria a um novo modo de organização da pesquisa e do conhecimento. Como consequência, teríamos também um novo ethos para o pesquisador, que passaria a assumir papéis diversificados, além daquele que lhe é atribuído pela comunidade acadêmica, o do produtor de conhecimento (FAGUNDES, 2013). 

A comunicação seria uma das habilidades exigidas dos cientistas nesse novo cenário. Mais que uma obrigação ou dever moral, ela seria uma necessidade relacionada à busca por financiamentos, à prestação de contas e à legitimação de seu trabalho. Os temas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) estariam entrelaçados não apenas com a política e o mercado, mas atravessariam, direta ou indiretamente, a vida cotidiana de cada cidadão, em suas relações e suas escolhas como consumidor, eleitor, pai de família ou investidor (CASTELFRANCHI; VILELA, 2016)

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