Resumo

O objetivo deste estudo é endossar a importância de investigar as relações entre corpo e trabalho. Tendo por base a constatação de que as correntes formas de entender essa relação se dão ao colocar dicotomicamente corpo e inteligência, optamos por abordar a questão em três momentos: 1) no fi nal do século XIX e início do XX; 2) nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 3) a partir de 1970 até os dias atuais. Como resultado, verifi camos que há a passagem do corpo visto como motor e/ou energia para o corpo visto como informação e/ou inteligência. Interessante verifi car também que nesse trajeto a dicotomia entre corpo e inteligência acaba por ser questionada por alguns teóricos que vêem no corpo trabalhador a base para os processos decisórios requisitados em montagens microeletrônicas. Apesar da importância desses estudos, refutamos algumas conclusões desses autores, que ao questionarem a dicotomia corpo e inteligência dão margens para pensar que nas configurações produtivas do capitalismo começaria a surgir o espaço para um trabalho corporalmente humano e autêntico.

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